
Foto: Reprodução/Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (1º) vetar os depoimentos de Eduardo e Carlos Bolsonaro como testemunhas de defesa na ação penal sobre a suposta trama golpista.
Na semana passada, os dois filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro haviam sido arrolados como testemunhas de defesa de Filipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais do governo, e um dos réus do núcleo 2 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na decisão, Moraes justificou que Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) está sendo investigado por suposta atuação junto ao governo dos Estados Unidos com o objetivo de pressionar autoridades contra o STF. Já Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi indiciado no inquérito da “Abin Paralela”, que apura a espionagem ilegal promovida por setores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“Todas investigações são conexas. Ambos, também, são filhos de um dos investigados [Bolsonaro], em ação penal conexa, portanto, não podem ser ouvidos como testemunhas”, argumentou Moraes.
Próximos passos no processo
Os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação dos réus do núcleo 2 da ação penal estão marcados para acontecer entre os dias 14 e 21 de julho. A decisão de Moraes reforça o entendimento de que pessoas diretamente envolvidas ou com vínculos estreitos com os investigados não podem atuar como testemunhas imparciais no processo.
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