
(Foto: Divulgação)
A Paraíba recebeu, nesta segunda-feira (7), 49 novos médicos por meio do Programa Mais Médicos, do governo federal. Os profissionais passam a integrar equipes de Saúde da Família em municípios de diversas regiões do estado. Três deles foram designados especificamente para o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara, que atende populações indígenas em áreas de difícil acesso.
A chegada dos médicos faz parte de uma nova etapa do programa, que contemplou 3.173 profissionais para atuar em 1.618 municípios e 26 distritos indígenas em todo o Brasil. O processo de seleção registrou recorde de inscritos, com mais de 45 mil candidatos.
Atendimento já começou
Os médicos formados no Brasil e com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) já começaram a atender nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Já os brasileiros formados no exterior iniciarão o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) no próximo dia 4 de agosto, como etapa preparatória antes da alocação.
Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo do programa é reforçar a Atenção Primária à Saúde, principalmente em regiões onde há déficit de profissionais. A expectativa é reduzir filas de espera por atendimento e melhorar o encaminhamento de pacientes para especialistas, com o uso dos sistemas de informação em saúde integrados ao SUS.
Critérios de distribuição
A alocação das vagas considerou dados do estudo Demografia Médica 2025, desenvolvido pela USP em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). A pesquisa apontou as regiões com maior carência de médicos por habitante.
A maioria das vagas foi destinada a municípios de pequeno porte (75,1%), seguidos por cidades de médio (11,1%) e grande porte (13,8%).
Expansão nacional
Atualmente, o programa Mais Médicos conta com cerca de 24,7 mil profissionais atuando em mais de 4,2 mil municípios, o que representa 94% da cobertura nacional. A meta do governo federal é alcançar 28 mil médicos ativos no programa até o final da expansão, com benefício direto para mais de 63 milhões de brasileiros.
Segundo o Ministério da Saúde, essa ampliação é fundamental para reduzir desigualdades no acesso à saúde pública, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, e em comunidades indígenas e ribeirinhas.
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