Foto: Divulgação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente americano Donald Trump tiveram, nesta terça-feira (23), um breve encontro nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, e confirmaram que irão se reunir oficialmente na próxima semana. A agenda da reunião ainda não foi divulgada.
O contato ocorreu logo após o discurso de Lula, que incluiu críticas às ações dos Estados Unidos em áreas como sanções e intervenções militares. Trump acompanhou a fala do brasileiro em uma sala reservada e, em seguida, tomou a iniciativa de cumprimentá-lo. A breve conversa contou com tradução do chefe de cerimonial, Fernando Igreja.
Após o encontro, Trump afirmou ter sentido uma “excelente química” com o presidente brasileiro. “Eu só faço negócios com pessoas que eu gosto. E eu gostei dele, e ele de mim. Por pelo menos 30 segundos nós tivemos uma química excelente, isso é um bom sinal”, declarou.
A aproximação acontece em um cenário de forte tensão diplomática. Desde maio, Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sancionou autoridades e instituições do Brasil, em protesto ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político. Entre as medidas estão a cassação de vistos, sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a inclusão de sua esposa, Viviane Barci, na lista de restrições prevista na Lei Magnitsky.
Este foi o primeiro encontro entre Lula e Trump desde a aplicação das sanções. Apesar das divergências, o gesto sinaliza uma possível abertura para o diálogo entre os dois países.
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