Imagem ilustrativa: Reprodução
Um homem de 29 anos, suspeito de participar do maior ataque hacker da história do Brasil, foi preso nesta sexta-feira (31) em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. De acordo com a Polícia Militar, ele é apontado como integrante de um esquema que teria desviado R$ 813 milhões de bancos e empresas ligadas ao sistema de pagamentos Pix.
A prisão foi realizada pela Rotam, após informações repassadas pela Polícia Federal (PF). O suspeito foi localizado no bairro José Pinheiro, no centro da cidade, e detido em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça. Ele é um dos alvos da operação nacional deflagrada na quinta-feira (30) pela PF e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Durante a abordagem, os policiais apreenderam celulares e o veículo utilizado pelo investigado. O homem foi encaminhado à sede da Polícia Federal em Campina Grande, responsável pela investigação.
Operação nacional
Segundo a PF, até a última atualização, 12 pessoas foram presas no Brasil e sete no exterior — sendo seis na Espanha e uma na Argentina, com apoio da Interpol.
O grupo é acusado dos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e furto mediante fraude eletrônica.
As investigações indicam que os criminosos desviaram R$ 813 milhões de contas de instituições financeiras que operam com o Pix. O Banco Central afirmou que o sistema do Pix não foi invadido e que nenhum cliente teve prejuízo direto.
Ataque e modus operandi
O ataque cibernético ocorreu em julho de 2025, quando a empresa C&M Software relatou ao Banco Central uma invasão às suas infraestruturas digitais. Os hackers teriam utilizado credenciais e senhas de clientes para acessar contas de reserva de bancos e instituições financeiras conectadas à companhia.
Essas contas funcionam como reservas de segurança e liquidação mantidas junto ao Banco Central, essenciais para o equilíbrio do sistema bancário.
Ainda conforme a PF, a quadrilha agia de forma altamente organizada, com especialistas em invasões cibernéticas, lavagem de dinheiro e transferência de recursos para criptomoedas. Os valores eram movimentados em carteiras digitais ponto a ponto, sem registro formal, e posteriormente convertidos em dinheiro e bens no Brasil e no exterior.
Durante as ações da operação, foram bloqueados R$ 640 milhões em bens pertencentes aos investigados.
Relembre o caso
O ataque cibernético afetou ao menos seis instituições financeiras, causando ampla repercussão no mercado. Apesar da gravidade, as empresas envolvidas informaram que nenhuma conta de cliente foi violada.
A operação, considerada uma das maiores já realizadas contra crimes cibernéticos no país, segue em andamento sob coordenação da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo.
Compartilhe:
