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Dados do Censo Demográfico 2022 – Nupcialidade e Família, divulgados nesta terça-feira (5) pelo IBGE, mostram que 51% das pessoas com 10 anos ou mais na Paraíba vivem em união conjugal, um leve aumento em relação a 2010, quando o índice era de 50%.
O levantamento revela também o aumento nas dissoluções de união, que passaram de 14,7% em 2010 (465 mil pessoas) para 18,8% em 2022 (640,1 mil). Já a proporção de pessoas que nunca viveram em união caiu de 35,3% (1,117 milhão) para 30,2% (1,032 milhão). Com isso, a Paraíba ocupa a 9ª posição entre os estados com maior proporção de separações.
As uniões consensuais, que não exigem formalização em cartório, cresceram 22,1% e se tornaram o tipo mais comum no estado, passando de 36,2% (572,3 mil) em 2010 para 40,1% (698,8 mil) em 2022.
O casamento civil também cresceu, com aumento de 18,2%, enquanto o casamento religioso teve queda de 24,6%.
Apesar da tendência de alta, a Paraíba ainda ocupa a 10ª posição nacional e a 2ª menor do Nordeste em número de uniões consensuais. A predominância desse tipo de relacionamento é maior nas regiões Norte (53%) e Nordeste (44,7%), com destaque para o Amapá (62,6%).
Outro dado relevante é o crescimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo, que saltaram de 888 em 2010 para 16.046 em 2022, um aumento de 18 vezes. Essas uniões, no entanto, ainda representam 0,9% do total.
O censo também aponta transformações no modelo familiar. Das 1,4 milhão de unidades domésticas na Paraíba, 16,5% (225.195) são formadas por pessoas que vivem sozinhas, número que mais que dobrou desde 2010. O estado teve um crescimento de 109,7% nesse tipo de domicílio, superando a média nacional.
Entre as famílias com mais de uma pessoa, os casais com filhos deixaram de ser maioria, caindo de 56,5% (526,7 mil) para 46,6% (525,3 mil). Já os casais sem filhos cresceram de 13% (120,8 mil) para 25,3% (285,3 mil) no mesmo período.
O levantamento também mostra que 14,1% das famílias são chefiadas por mulheres sem cônjuge com filhos, acima da média nacional (13,5%), mas abaixo da média do Nordeste (14,8%). Entre os homens, a proporção passou de 1,5% para 1,8%.
Quanto ao perfil das pessoas que vivem sozinhas, 51,1% são homens, 48,9% mulheres, com 42,1% acima dos 60 anos. A maioria se declara parda (51,9%), seguida de branca (37%) e preta (10,6%).
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