(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ampliou as investigações sobre o rompimento do reservatório de água da Cagepa, ocorrido no último sábado (8), no bairro Centenário, em Campina Grande. Um Inquérito Civil Público foi instaurado nesta segunda-feira (10) para apurar as causas do acidente e verificar as condições estruturais de todos os reservatórios da companhia na cidade.
O documento, assinado pelo 19º promotor de Justiça de Campina Grande, responsável pela Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Social, Hamilton de Souza Neves Filho, determina que a Cagepa apresente, em até 15 dias, informações sobre as circunstâncias do rompimento, o plano de manutenção preventiva e corretiva da estrutura (com destaque para a última vistoria realizada) e uma relação completa dos demais reservatórios de água da cidade, com endereços e características técnicas.
O mesmo prazo foi concedido ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PB), que deverá realizar uma inspeção técnica em todos os reservatórios sob responsabilidade da Cagepa em Campina Grande. O órgão deve avaliar a segurança estrutural e enviar ao MPPB um relatório detalhado com dimensões, capacidade e localização de cada estrutura.
Ainda no sábado (8), a promotora de Justiça Cláudia Bezerra havia instaurado uma Notícia de Fato, solicitando informações sobre vistorias anteriores, medidas adotadas após o rompimento e o plano de reparação dos danos.
O MPPB também pediu ao 2º Batalhão de Bombeiro Militar o relatório da ocorrência e dados sobre possíveis perícias feitas no local. Já a 2ª Superintendência Regional de Polícia Civil deve informar se instaurou inquérito policial para apurar responsabilidades, enquanto o Instituto de Polícia Científica (IPC) deverá esclarecer se realizou perícia de engenharia na estrutura.
Com a abertura do novo inquérito, os dois procedimentos anteriores serão unificados, e os órgãos envolvidos — Cagepa, Crea-PB, Bombeiros, Polícia Civil e IPC — devem ser oficiados até esta terça-feira (11), com os prazos passando a contar a partir dessa data.
O rompimento do reservatório provocou alagamentos, desabamento de casas, a morte de uma idosa e ferimentos em outras duas pessoas. A estrutura armazenava cerca de dois mil metros cúbicos de água, o equivalente a dois milhões de litros, interrompendo o abastecimento em 40 bairros de Campina Grande e em municípios vizinhos, como Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, Areial e Montadas.
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