
(Foto: Reprodução Redes Sociais)
Quatro pessoas seguem hospitalizadas após o grave acidente com um ônibus escolar ocorrido na última terça-feira (26), entre os municípios de Pilões e Cuitegi, no Brejo paraibano. A tragédia resultou na morte de dois adolescentes e deixou 31 feridos.
Estado de saúde das vítimas
Nesta quarta-feira (2), o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa atualizou o quadro dos pacientes internados:
- Um adolescente de 15 anos, uma mulher de 35 anos e uma jovem de 18 anos permanecem hospitalizados em estado estável.
- Um homem de 28 anos, que também estava internado, foi transferido para outra unidade de saúde.
Despedida e comoção em Pilões
Enquanto os feridos seguem em recuperação, a cidade de Pilões prestou as últimas homenagens a Antonella Guedes, de 16 anos, e Gustavo Batista, de 13 anos, vítimas fatais do acidente. O velório, realizado na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, reuniu familiares, amigos e moradores profundamente comovidos.
Antonella e Gustavo eram coroinhas da igreja e queridos na comunidade. Durante a cerimônia, familiares e amigos emocionaram-se ao relembrar suas personalidades. “Meu filho era um menino amável, dócil, estudioso”, disse a mãe de Gustavo. O irmão de Antonella, Arthur, lamentou: “Ela, além de fazer companhia para mim, era uma ótima irmã, ajudava nos estudos”.
O acidente
O acidente aconteceu na PB-077, na ladeira do Espinho, quando um ônibus escolar tombou enquanto transportava estudantes. Além das vítimas fatais, sete feridos foram levados para o Hospital de Trauma de João Pessoa. Uma jovem de 18 anos teve a mão amputada e precisou passar por cirurgia.
Investigações apontam falha nos freios e irregularidades
A Polícia Civil investiga as causas do acidente. O delegado Francisco Basílio informou que:
- O motorista do ônibus não havia ingerido álcool, conforme teste do bafômetro.
- Ele possuía habilitação compatível e alegou trafegar entre 25 e 30 km/h devido às más condições da estrada.
- A principal suspeita é uma falha no sistema de freios.
Já o Detran-PB revelou que o ônibus estava irregular, sem passar pela vistoria obrigatória desde maio de 2023. O veículo deveria ter sido inspecionado semestralmente, mas faltou às vistorias de maio e novembro do ano passado.
A Prefeitura de Pilões negou que o ônibus fizesse parte da frota municipal. Segundo a gestão, o veículo foi usado sem aviso prévio como substituto do ônibus regular da rota. A troca teria sido feita pelo proprietário do veículo alugado, que também atuava como motorista habitual.
O assessor jurídico do município, Adilson Alves, destacou que o condutor no momento do acidente não era o motorista fixo da rota e que a placa do veículo envolvido não correspondia à do carro oficialmente contratado.
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