
(Foto: Ricardo Stuckert)
Brasil e Japão assinaram nesta quarta-feira (26), em Tóquio, dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente, além de 80 instrumentos entre empresas, bancos, universidades e institutos de pesquisa. Os países também anunciaram um plano de ação para revitalizar a Parceria Estratégica Global, aprofundando as relações diplomáticas iniciadas em 2014.
O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, reforçou o compromisso de ambos em promover intercâmbios econômicos e tecnológicos. Entre os acordos assinados, destacam-se iniciativas para combustíveis sustentáveis, mobilidade, recuperação de terras degradadas e inovação em ciência e tecnologia.
Lula enfatizou a importância da transição energética e elogiou a decisão do Japão de ampliar o uso de biocombustíveis, abrindo caminho para novas parcerias na produção de etanol e hidrogênio verde no Brasil. Além disso, destacou a prioridade de apoio aos 211 mil brasileiros que vivem no Japão, especialmente no ensino da língua japonesa para inclusão de 30 mil crianças no sistema educacional local.
A visita também abordou temas globais, como o fortalecimento do multilateralismo e a necessidade de ações para a paz. Os líderes discutiram a guerra na Ucrânia e a crise no Oriente Médio, defendendo soluções diplomáticas e o respeito ao direito humanitário.
Com a presidência do Mercosul assumida pelo Brasil no próximo semestre, Lula manifestou interesse em negociar um acordo comercial entre o Japão e o bloco sul-americano. Ishiba, por sua vez, ressaltou a intenção de ampliar os investimentos no Brasil, que já somam cerca de R$ 45 bilhões a partir deste ano.
Esta é a primeira visita de Estado de um líder estrangeiro ao Japão desde 2019 e marca um novo momento na relação entre os dois países, com a ampliação da cooperação em diversas frentes estratégicas.
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