
Nos últimos dias, casos de celulares pegando fogo ou explodindo têm gerado preocupação entre os usuários. Embora esses incidentes sejam raros, eles podem acontecer devido a falhas na bateria de íon-lítio, responsável por armazenar energia nos dispositivos móveis.
Segundo o professor Hélder Line Oliveira, especialista em Ciência da Computação, Engenharia de Software e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, a principal causa desses eventos é a fuga térmica. Esse fenômeno ocorre quando a temperatura da bateria aumenta rapidamente e de forma descontrolada, liberando gases inflamáveis que podem levar à combustão. O superaquecimento pode ser provocado pelo uso intenso do aparelho, exposição a ambientes quentes ou carregamento inadequado.
Outro fator de risco é o curto-circuito interno, que pode surgir caso a bateria sofra danos físicos, como quedas ou perfurações. Se sua estrutura for comprometida, os eletrodos internos podem entrar em contato direto, resultando em uma descarga de energia intensa e, em alguns casos, levando à explosão ou incêndio.
Para minimizar esses riscos, é essencial adotar algumas precauções. O professor recomenda evitar a exposição prolongada ao sol e o uso do celular em temperaturas extremas, pois variações bruscas podem comprometer a estabilidade da bateria. Durante o carregamento, o aparelho deve ser mantido sobre uma superfície plana e bem ventilada, longe de tecidos grossos, como travesseiros e cobertores, que podem reter calor e intensificar o aquecimento.
Além disso, o uso de carregadores e cabos originais ou certificados pelo fabricante é fundamental. Acessórios falsificados podem fornecer voltagem inadequada e não contam com sistemas de proteção contra sobrecarga, o que aumenta o risco de superaquecimento. Um manuseio cuidadoso do aparelho também é indispensável, já que impactos podem comprometer a integridade da bateria.
Seguindo essas orientações, é possível reduzir significativamente as chances de acidentes e garantir mais segurança no uso dos celulares.
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