
(Foto: Reprodução TV Tambaú)
Os corpos de Ana Luíza Bandeira e Guilherme Pereira, mortos em um suposto acidente de moto no dia 30 de novembro de 2024, foram exumados na manhã desta quinta-feira (12), no cemitério Nossa Senhora da Boa Sentença, em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa. A medida foi determinada após a reabertura do inquérito, que agora está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital.
De acidente a suspeita de homicídio
O caso, inicialmente tratado como um acidente de trânsito no bairro Mário Andreazza, em Bayeux, ganhou nova linha de investigação após a família da jovem levantar suspeitas sobre os ferimentos e o estado dos capacetes usados pelo casal.
Segundo o pai de Ana Luíza, Joselito Mendonça, havia perfurações visíveis no capacete da filha, semelhantes a marcas de disparos. “Toquei no capacete na Central de Polícia e percebi que algo estava errado. Depois disso, ele desapareceu por nove dias”, relatou. Os capacetes foram enviados para perícia em Brasília, após indícios de perfurações sem a presença de chumbo — algo que ainda está sendo investigado.
Objetivo da exumação
A exumação busca obter elementos que possam confirmar ou descartar a hipótese de que os jovens foram alvejados por tiros antes da colisão. Os laudos oficiais dos exames periciais ainda não foram divulgados, e a Polícia Civil informou que só se pronunciará após a conclusão de todas as análises técnicas.
Joselito Mendonça também questiona a versão inicial de acidente, citando que a velocidade estimada da moto no momento da colisão seria de apenas 10,5 km/h, o que, segundo ele, não justificaria o grau de destruição observado, sobretudo no rosto da filha. “O capacete dela tinha só um arranhão lateral, e a viseira sumiu. Temos imagens que mostram uma perfuração clara”, afirmou.
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