
(Foto: Divulgação)
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) decidiu, nesta terça-feira (29), prorrogar o auto de interdição ética da maternidade do Hospital Materno Infantil João Marsicano, em Bayeux, na Grande João Pessoa. A unidade está fechada desde 17 de outubro de 2024, devido à falta de condições sanitárias e estruturais mínimas para funcionamento.
A prorrogação foi determinada após nova vistoria da equipe de fiscalização do CRM-PB, que constatou a ausência de ações concretas da gestão municipal para viabilizar a reabertura da maternidade.
“A maternidade foi interditada por motivos sérios. Infelizmente, nenhuma providência efetiva foi tomada até agora. A interdição não é punitiva, é uma proteção à população e aos profissionais”, afirmou o presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.
Sobrecarregando a capital
Com o fechamento da unidade há mais de seis meses, gestantes de Bayeux estão sendo encaminhadas para hospitais de João Pessoa, o que, segundo o CRM-PB, tem intensificado a sobrecarga nos serviços da capital.
Em busca de soluções, o presidente do CRM-PB se reuniu com o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB), Tarcísio Campos, para discutir o impacto da desativação da maternidade no sistema de saúde da Região Metropolitana.
“Gostaríamos de revogar essa interdição, mas isso depende exclusivamente de ações concretas do poder público. A população está sendo prejudicada”, reforçou Bruno Leandro.
Interdição segue sem prazo para encerramento
A maternidade do João Marsicano foi interditada eticamente após alertas recorrentes da Vigilância Sanitária e denúncias de profissionais da saúde. A unidade, considerada referência para gestantes do município, permanece sem previsão de reabertura enquanto não houver melhorias estruturais comprovadas.
O CRM-PB alerta que manter a unidade fechada sem perspectiva de readequação compromete o atendimento a gestantes e recém-nascidos, além de aumentar o risco de colapso no sistema de saúde público da região.
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