
A situação envolvendo as obras do Parque da Cidade, no Aeroclube, em João Pessoa, reflete um delicado equilíbrio entre desenvolvimento urbano e preservação ambiental. A declaração do Secretário de Meio Ambiente, Welison Silveira, aponta otimismo em relação à retomada das obras, sustentada pelos estudos ambientais apresentados pela prefeitura, os quais alegam ausência de interferência na fauna, flora e áreas protegidas.
No entanto, o histórico da disputa judicial, incluindo a recente decisão do STJ contra o recurso da prefeitura, evidencia o rigor necessário para proteger áreas ambientalmente sensíveis, como lagoas e suas margens, que são classificadas como Áreas de Preservação Permanente (APPs). A decisão do ministro Herman Benjamim reforça a obrigação do poder público em resguardar esses bens naturais de degradação.
A audiência de conciliação no Tribunal de Justiça da Paraíba trouxe avanços, com a definição de uma vistoria técnica conduzida pela Sudema, acompanhada de um assistente técnico da prefeitura, para verificar a situação ambiental da área. O principal objetivo é demonstrar que o local está degradado e que medidas de mitigação, como o resgate da fauna, já foram adotadas.
A suspensão das obras desde junho do ano passado reforça a necessidade de um planejamento detalhado, que assegure conformidade com a legislação ambiental. A retomada dependerá, sobretudo, da validação dos estudos apresentados e da conciliação entre os interesses de preservação ambiental e desenvolvimento urbano.
Compartilhe: