
Foto: Reprodução
O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (3) a incorporação do implante contraceptivo Implanon ao Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e deve beneficiar milhares de mulheres com um método contraceptivo de longa duração, eficaz por até três anos.
A previsão é que o Implanon esteja disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) a partir do segundo semestre de 2025. Segundo o ministério, o governo federal prevê a distribuição de 1,8 milhão de implantes, sendo 500 mil ainda este ano, com investimento total de aproximadamente R$ 245 milhões. Atualmente, o custo de cada unidade do dispositivo varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
O que é o Implanon?
O Implanon é um implante subdérmico de progesterona, inserido sob a pele do braço, que atua na prevenção da gravidez por até três anos, sem necessidade de manutenção durante esse período. A fertilidade retorna rapidamente após sua retirada, o que o torna um método reversível e seguro.
A aplicação e remoção do implante devem ser feitas por médicos ou enfermeiros capacitados, e o Ministério da Saúde informou que implementará treinamentos práticos e teóricos para garantir a qualificação dos profissionais da rede pública.
Contraceptivo de longa duração
Com a chegada do Implanon, o SUS passa a contar com dois métodos de longa duração (LARC) — sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa ação: o DIU de cobre e agora o Implanon. Esses métodos são considerados mais eficazes por não dependerem do uso contínuo e correto como as pílulas e os injetáveis.
Métodos contraceptivos oferecidos pelo SUS
- Preservativos externo e interno
- DIU de cobre
- Anticoncepcional oral combinado
- Pílula oral de progestagênio
- Injetáveis hormonais (mensal e trimestral)
- Laqueadura tubária bilateral
- Vasectomia
- Agora: Implanon (implante subdérmico)
O ministério ressaltou que apenas os preservativos oferecem proteção contra ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Por isso, o uso de preservativos segue sendo recomendado mesmo quando há uso de outros métodos contraceptivos.
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