
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um laudo pericial da Polícia Civil da Paraíba confirmou que Guilherme Pereira, de 21 anos, foi baleado na cabeça antes de sofrer o acidente que resultou na morte dele e da namorada, Ana Luiza Bandeira, em novembro de 2024, no bairro Muçumagro, em João Pessoa.
O documento, assinado por três peritos do Instituto de Polícia Científica (IPC) e finalizado nesta terça-feira (22), aponta que Guilherme sofreu uma perfuração transfixante no crânio, provocada por disparo de arma de fogo. A bala entrou pelo lado esquerdo da cabeça e saiu pelo direito. O capacete usado pela vítima também apresenta uma perfuração compatível com a trajetória do projétil.
Segundo as investigações, o disparo teria sido efetuado por um policial militar, que já foi indiciado. O caso segue sob apuração da Delegacia de Homicídios da Capital.
🔎 Relembre o caso
O acidente ocorreu no dia 30 de novembro de 2024, quando o casal colidiu a motocicleta em um poste. Inicialmente, a ocorrência foi tratada como sinistro de trânsito fatal, mas a família de Ana Luiza contestou essa versão, afirmando que os capacetes apresentavam perfurações compatíveis com tiros.
Diante das suspeitas, a Polícia Civil reabriu o inquérito e passou a investigar o caso como possível duplo homicídio. Em 12 de junho de 2025, os corpos de Guilherme e Ana Luiza foram exumados no cemitério Nossa Senhora da Boa Sentença, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, para novos exames.
Os capacetes foram enviados a Brasília para análise, após serem encontradas perfis de perfuração similares às de projéteis, embora sem resquícios de chumbo.
A delegada Luísa Correia, responsável pela apuração, afirmou que a equipe está exaurindo todas as possibilidades técnicas para esclarecer a dinâmica da ocorrência. A principal linha de investigação agora é se houve abuso ou falha por parte dos policiais militares que atuavam na área no momento do ocorrido.
Compartilhe: