
(Foto: Divulgação/Ibama/PB)
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concluiu, no dia 4 de junho, a Operação Mata Viva, que teve como foco o combate ao desmatamento ilegal da Mata Atlântica e da Caatinga na Paraíba. A ação resultou na aplicação de 42 autos de infração, somando R$ 869 mil em multas, e no embargo de 106,5 hectares de vegetação nativa, sendo 91,9 ha de Mata Atlântica e 14,6 ha de Caatinga.
A operação foi realizada entre 14 de maio e 4 de junho de 2025 em oito municípios: Areia, Capim, Guarabira, João Pessoa, Juripiranga, Pilões, São José dos Ramos e Solânea. As áreas foram previamente identificadas com imagens de satélite e drones, permitindo que os fiscais localizassem com precisão os pontos de degradação ambiental.
Além dos embargos e multas, a operação também resgatou 176 aves silvestres, muitas delas mantidas em cativeiro de forma ilegal. A maioria foi devolvida à natureza, enquanto os animais feridos foram levados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Cabedelo, para tratamento e reabilitação.
🌱 Desmatamento em Terras Indígenas
Nas Terras Indígenas Potiguara, localizadas no Litoral Norte do estado, o Ibama atuou em conjunto com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Foram identificadas áreas de desmatamento destinadas ao plantio de cana-de-açúcar em regiões legalmente protegidas. A fiscalização resultou em novas autuações e reforço dos bloqueios ambientais na região.
⚖️ Legislação e impacto ambiental
O desmatamento sem autorização pode acarretar multa de até R$ 5 mil por hectare, conforme a legislação ambiental brasileira. A Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do país, é protegida por lei federal e segue sendo pressionada por queimadas, expansão urbana e agricultura irregular.
O Ibama reforçou que as ações de fiscalização continuarão em todo o estado, com foco na proteção dos biomas e da biodiversidade, e que denúncias de crimes ambientais podem ser feitas anonimamente pela ouvidoria do órgão.
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