
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (25), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até 48 horas sobre as explicações apresentadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O prazo começou a contar por volta das 10h30 e será encerrado na manhã de quarta-feira (27).
Na última sexta-feira (22), os advogados do ex-presidente afirmaram que Bolsonaro não solicitou asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei, e negaram que ele tenha a intenção de deixar o país. Além disso, pediram a revogação da prisão domiciliar imposta a Bolsonaro.
A manifestação da defesa foi apresentada após Moraes conceder prazo para que se posicionassem sobre um documento de asilo encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular de Bolsonaro durante operação de busca e apreensão realizada no mês passado. Segundo a PF, o arquivo estava salvo no aparelho desde 2024.
Diante disso, Moraes determinou que a PGR, chefiada pelo procurador-geral Paulo Gonet, avalie o conteúdo da defesa e decida sobre a adoção de medidas em relação ao caso.
Na quarta-feira (20), Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, foram indiciados pela Polícia Federal pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O indiciamento ocorreu após a PF concluir investigações que apontam a atuação de Eduardo junto ao governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover retaliações contra o governo brasileiro e ministros do STF.
Compartilhe: