
Os motoristas de ônibus de João Pessoa decidiram continuar a greve até, pelo menos, a próxima quarta-feira (29). A decisão foi tomada após uma reunião de negociações no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre a categoria e os representantes patronais, que não chegou a um acordo sobre as reivindicações salariais e benefícios.
Propostas e divergências
Durante a mediação conduzida pela desembargadora, foi apresentada uma proposta de reajuste salarial de 6%, vale-alimentação de R$ 570 e um adicional de R$ 150 para motoristas que atuam como “batedores”. No entanto, a oferta foi recusada pelos empresários, que sugeriram um aumento linear de 5%. Segundo o advogado da categoria, caso o dissídio coletivo seja levado a julgamento na quarta-feira, o reajuste pode ser limitado ao índice de inflação acumulada, de 4,87%.
“Se o caso for decidido pela Justiça, a base será a legislação e a inflação dos últimos 12 meses, o que pode não atender às expectativas da categoria”, explicou o advogado.
Próximos passos
Uma audiência de instrução e julgamento está marcada para quarta-feira (29), quando serão analisadas as propostas de ambas as partes. Enquanto isso, os motoristas garantem a continuidade da greve de forma responsável, mantendo 60% da frota em operação, conforme determina a Justiça.
O advogado que representa os motoristas enfatizou que o movimento não tem como objetivo prejudicar a população, mas sim buscar condições de trabalho mais dignas e salários que atendam às necessidades da categoria: “Nossa luta é por respeito e justiça para os trabalhadores.”
Compartilhe: