
(Foto: Divulgação)
A Polícia Civil de Princesa Isabel, com o apoio da Polícia Militar, deflagrou neste domingo (22) a operação “Rinha de Sangue”, que resultou na desarticulação de um campeonato clandestino de brigas de galos realizado em uma chácara da zona rural do município, localizado no Sertão da Paraíba.
De acordo com o delegado Gutemberg Cabral, a ação ocorreu após denúncias anônimas da população. Três equipes da PM foram mobilizadas e flagraram 35 pessoas no local, sendo 30 diretamente envolvidas na promoção das brigas.
Parte do público conseguiu fugir com a chegada da polícia, mas os principais suspeitos foram detidos e encaminhados à delegacia de Princesa Isabel.
Animais mutilados e instrumentos apreendidos
Durante a operação, foram encontrados quase 30 galos das raças índio e brasileiro, com sinais evidentes de maus-tratos, como ferimentos no pescoço, cabeça e corpo, causados por bicadas e esporadas.
No local, os agentes também apreenderam diversos instrumentos utilizados nas lutas, como:
- Esporas artificiais,
- Biqueiras,
- Buchas e anilhas,
- Balanças de precisão,
- Remédios,
- Lâminas de serra.
Todo o material foi recolhido e encaminhado à Polícia Ambiental.
Responsabilização e autuações
Como não havia estrutura adequada para acolhimento dos animais, os galos apreendidos foram deixados sob responsabilidade dos próprios envolvidos, que assinaram um termo como depositários fiéis e estão proibidos de utilizá-los novamente para esse tipo de prática.
A Polícia Ambiental, em parceria com a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), lavrou autos de infração ambiental com multas de até R$ 15 mil por pessoa.
Todos os envolvidos foram autuados em Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) e irão responder por crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, que prevê pena de até um ano de prisão e multa para quem praticar abuso ou maus-tratos contra animais.
“Foi um procedimento extenso, finalizado somente às 23h, devido à quantidade de pessoas envolvidas. Trata-se de um crime bárbaro, e continuaremos atentos a novas denúncias”, ressaltou o delegado Gutemberg Cabral.
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