
(Foto: Victor Emannuel/ Sistema Arapuan de Comunicação)
O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) criticou duramente a operação da Polícia Federal realizada na manhã desta sexta-feira (18), que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e incluiu mandados de busca e apreensão em residências ligadas ao ex-presidente e na sede do Partido Liberal, em Brasília.
Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, Cabo Gilberto afirmou que o ex-presidente estaria em “prisão domiciliar” e classificou a operação como um ato de humilhação e perseguição com motivação política.
“Prenderam o presidente Bolsonaro em uma prisão domiciliar. As instituições estão sendo usadas para fins políticos. É uma vergonha isso estar acontecendo no Brasil. A maior culpa é do Congresso Nacional”, declarou o parlamentar paraibano.
O deputado também criticou a postura do ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador da toga”, e defendeu equilíbrio e imparcialidade nas decisões judiciais, independentemente de quem ocupe o poder.
“Tenho consciência de que, independente de Lula ou Bolsonaro, o ministro precisa ser imparcial”, disse.
🔍 Entenda o caso
A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (18) mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação faz parte de um inquérito autorizado pelo STF, que apura possíveis crimes ligados à atuação do ex-presidente na tentativa de condicionar o fim de sanções internacionais à sua própria anistia política.
De acordo com informações apuradas pelo jornalismo do Grupo Bandeirantes, medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, podem ser impostas a Bolsonaro. A PF investiga um possível plano de fuga terrestre, já que o passaporte do ex-presidente foi apreendido, impedindo sua saída do país por vias aéreas.
Em documento oficial, o ministro Alexandre de Moraes afirmou:
“A conduta do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO […] é tão grave e despudorada que na data de hoje (17/7/2025), em entrevista coletiva, […] confessou sua atuação criminosa ao condicionar o fim da taxação/sanção à sua própria anistia.”
A operação é desdobramento de um novo inquérito aberto no dia 11 de julho no Supremo Tribunal Federal.
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