
(Foto: Reprodução Instagram)
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), está entre as autoridades brasileiras abrigadas em bunkers subterrâneos em Israel, após o início dos conflitos entre Israel e Irã. O grupo participava de uma feira internacional de tecnologia e segurança, quando os ataques começaram. Desde então, permanecem em local seguro enquanto o governo brasileiro tenta viabilizar uma rota de evacuação.
Em nota oficial divulgada neste sábado (14), o Ministério das Relações Exteriores informou que o chanceler Mauro Vieira está em contato com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, buscando uma rota terrestre alternativa para retirada dos brasileiros, já que o aeroporto de Tel Aviv está com operações suspensas.
Segundo o Itamaraty, também estão sendo feitas negociações com autoridades israelenses, com acompanhamento direto da embaixada do Brasil em Tel Aviv. O objetivo é garantir segurança para o deslocamento do grupo, que inclui prefeitos, secretários e assessores de diversas cidades brasileiras.
“O governo brasileiro segue empenhado em garantir o retorno seguro de seus cidadãos. A situação está sendo monitorada em tempo real por equipes do Ministério das Relações Exteriores e da embaixada em Israel”, disse o comunicado.
Delegações brasileiras seguem em segurança
Além do prefeito de João Pessoa, também está no grupo o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil). Ambos participaram da viagem oficial a convite do governo israelense. A comitiva está sendo orientada pelas autoridades locais sobre medidas de segurança e protocolos de abrigo.
Na sexta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, usou as redes sociais para informar que acompanha a situação e articula medidas junto ao governo federal para garantir a evacuação das delegações brasileiras.
Conflito afeta espaço aéreo da região
O espaço aéreo de Israel, Irã e Iraque está interditado desde a escalada da tensão, o que impossibilita voos comerciais. A alternativa estudada pelo governo brasileiro é a retirada terrestre via Jordânia, dependendo da liberação de corredores humanitários e garantias de segurança.
O Itamaraty reforçou que as autoridades devem permanecer onde estão até nova ordem, seguindo recomendações das forças israelenses. Ainda não há previsão de retorno.
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