
Foto: Ilustração/Internet
Um surto de leptospirose foi identificado em um abrigo permanente de indígenas venezuelanos da etnia Warao, localizado na Rua Professor José Coelho, no Centro de João Pessoa. A situação preocupa autoridades de saúde e organizações sociais ligadas à população imigrante.
Casos confirmados:
- 5 de leptospirose
- 3 de dengue
- 16 casos ainda em investigação
Ao todo, 21 pessoas apresentaram sintomas compatíveis com doenças infecciosas, entre os cerca de 55 moradores do abrigo. Os exames laboratoriais estão sendo liberados gradualmente, o que pode alterar o número final de diagnósticos.
Causa provável:
A leptospirose é transmitida pelo contato com água ou lama contaminadas por urina de animais infectados, especialmente ratos. No local, técnicos identificaram uma fossa séptica entupida, que pode ter contribuído para a contaminação. O desentupimento está previsto para esta sexta-feira (26).
Mobilidade entre abrigos:
Segundo a Pastoral dos Imigrantes, parte dos infectados veio de outros estados do Nordeste, como Alagoas, e circulam entre cidades como Recife e Natal. A situação reforça a necessidade de monitoramento integrado das condições de saúde nos abrigos.
Atendimento e medidas da prefeitura:
Apesar dos diagnósticos, não há casos graves, e nenhum paciente precisou de internação até o momento. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que já realizou 343 visitas aos 12 abrigos da cidade apenas no primeiro trimestre deste ano, com 78 consultas médicas e 27 exames laboratoriais.
Melhorias previstas no abrigo:
A Prefeitura de João Pessoa informou que o abrigo passará por reparos na rede sanitária, elétrica e de infraestrutura geral, e destacou a necessidade de um trabalho com respeito às particularidades culturais do povo Warao.
As autoridades seguem monitorando a situação e reforçaram o compromisso com a saúde, dignidade e acolhimento dos imigrantes indígenas na capital paraibana.
Compartilhe: