
(Foto): REUTERS/Nathan
Um tribunal de apelações em Washington iniciou nesta quinta-feira (31) o julgamento que decidirá se o tarifaço imposto pelo ex-presidente Donald Trump a diversos países é constitucional. A medida, que aplica uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, já gerou forte reação internacional e deve chegar à Suprema Corte, onde Trump possui maioria.
A polêmica foi ampliada após Trump sancionar financeiramente o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Publicações internacionais, como The Economist e The Guardian, criticaram a ação, classificando o republicano como “ditador” e acusando-o de exportar ataques à democracia para o Brasil. O investidor britânico William Browder, idealizador da Lei Magnitsky, afirmou que ela não se aplica ao caso do ministro brasileiro.
Café brasileiro pode escapar do tarifaço
Entre os produtos brasileiros afetados pela medida, o café — responsável por cerca de 30% do consumo diário nos EUA — ainda está fora da lista de quase 700 itens que escaparam da supertaxação. O governo americano, no entanto, sinalizou que a bebida pode entrar na lista de exceções até o dia 6 de agosto, quando as tarifas começam a valer para o Brasil.
Segundo o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, alimentos não produzidos no país têm maior chance de serem isentos da cobrança.
Ajustes nas tarifas para outros países
Trump recuou em relação ao México, adiando por 90 dias o tarifaço sobre produtos mexicanos, e fechou um acordo comercial com a Coreia do Sul, reduzindo a tarifa de 25% para 15%. No ranking mundial de tarifas americanas, o Brasil lidera com a taxação de 50%, seguido por China, Vietnã, Índia e Canadá.
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