
Em janeiro de 2025, a temperatura global registrou um aumento de 1,75°C em comparação aos níveis pré-industriais, a maior já registrada pelo Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia. Esse mês destacou-se por ser o 18º dos últimos 19 meses em que a temperatura global média do ar superficial superou 1,5°C acima do nível pré-industrial.
Segundo Samantha Burgess, líder estratégica para o clima do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), “Janeiro de 2025 é outro mês surpreendente, continuando as temperaturas recordes observadas nos últimos dois anos, apesar do desenvolvimento das condições de La Niña no Pacífico tropical e seu efeito de resfriamento temporário nas temperaturas globais.”
As temperaturas acima da média foram observadas principalmente no sudeste da Europa, nordeste e noroeste do Canadá, Alasca, Sibéria, sul da América do Sul, África, grande parte da Austrália e Antártica. No entanto, no norte da Europa, Estados Unidos, Rússia Oriental, Península Arábica e sudeste asiático, as temperaturas foram abaixo da média.
Além disso, janeiro foi predominantemente mais úmido que a média, resultando em fortes precipitações e inundações em algumas regiões. As chuvas foram mais intensas na Europa Ocidental, Itália, Escandinávia, países bálticos, Alasca, Canadá, centro e leste da Rússia, leste da Austrália, sudeste da África e sul do Brasil.
O Copernicus é um programa de observação da Terra que usa medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo para produzir análises de dados sobre a atmosfera, mar, terra, mudanças climáticas, segurança e emergência. O programa é coordenado pela Comissão Europeia em parceria com estados-membros, Agência Espacial Europeia (ESA), Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos e o Centro Europeu de Previsões Meteorológicas em Médio Prazo, entre outros.
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